quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Entrevista com Marco Espindola

Por Diego Marquite

Quem é o Marco Espindola?
Sou Professor de Educação Física formado em Licenciatura e Bacharelado e pós graduando em Medicina do Esporte. Trabalho com voleibol desde 2006, iniciando de forma voluntária como estagiário e profissionalmente desde 2010.

Porque você escolheu o voleibol? Um Esporte que é pouco valorizado neste país.
O voleibol sempre esteve presente em minha vida, pois minha mãe, Professor Cledi Espindola, sempre se dedicou ao voleibol. 
O esporte como um todo não recebe a valorização necessária, mas isso passa por todo o sistema educacional, também desvalorizado. O voleibol é o segundo esporte do Brasil e a cada ano tem aumentado o número de praticantes, profissionais da área e o espaço na mídia.

Apesar da pouca idade, você tem excelentes resultados, quais as suas principais conquistas?
Fizemos um excelente trabalho junto a Escola Thomás Fortes com a parceria do Projeto Bola Pro Futuro. Em alguns anos massificamos o voleibol no Thomás, onde um número muito grande de crianças passou por nós. Creio que os 6 títulos estaduais dos Jogos Escolares do Rio Grande do Sul em três anos, foi de grande repercussão a nível Estadual.

Como você observa o voleibol santiaguense?
Vejo em declínio, não só o voleibol como todos os outros esportes. Muitos utilizam a desculpa que as crianças em Santiago só querem futsal e futebol, mas até no futsal, vejo pouquíssimos Professores trabalhando, a maioria “joga” a bola. A criança é muito esperta, ela quer é aula/treino de qualidade, independente do esporte.
Nossa cidade nos últimos anos teve 4 atletas convocados para a Seleção Gaúcha, sondagem de atleta para a Seleção Brasileira Infantil e tem a Escola que mais vezes venceu o Estadual Escolar de voleibol, mesmo assim o reconhecimento é muito maior fora de Santiago do que em nossa cidade. Cito a matéria de Campeão Estadual do ano passado, onde saiu no Jornal Diário de Santa Maria e não saiu nada nos jornais da cidade.
 
O projeto Thomas Fortes/Bola Pro Futuro tem a recita do sucesso?
A receita do sucesso passa principalmente pelo empenho dos Professores e alunos, claro, sem o apoio da Escola e do Projeto seria impossível. É preciso renovar! Professora Cledi Espindola foi campeã Estadual em 1997 pelo Monsenhor Assis, saindo de lá, morreu o voleibol. Também foi vice-campeã Estadual pelo Lucas Araújo em 2004, saindo de lá, morreu o voleibol na Escola. E agora, com a sua aposentadoria?

Quais as principais diferenças do projeto Bola Pro Futuro e o projeto Ijuí Pro-vôlei?
São Projetos grandiosos, reconhecidos e de suma importância para a formação dos futuros cidadãos. Ambos possuem uma coordenação próxima dos alunos e professores, girando em torno de 1400 crianças. A diferença é as modalidades, o Bola Pro Futuro oferta futsal, futebol, vôlei, tênis...No Ijuí Pró-Vôlei são 1400 crianças jogando voleibol.

Porque você optou em trabalha em Ijuí?
A opção foi pela ascensão profissional. Além de um maior número de praticantes de voleibol, o objetivo do Projeto é outro. Aqui em Ijuí temos 20 núcleos sociais de iniciação ao voleibol e as crianças que se destacam são encaminhadas ao núcleo de treinamento, este com o objetivo de formar futuros atletas. Esse ano dois atletas do Ijuí Pró-Vôlei foram convocadas para as categorias de base da Seleção Brasileira.

Quais são os planos para o futuro? 
A ideia é seguir em Ijuí, o Projeto está em uma crescente. Já estamos com um bom reconhecimento a nível Nacional e estamos na busca de maiores recursos financeiros para dar um salto de qualidade. Preciso fazer os cursos de técnico de voleibol da CBV nível II e III, concluir minha pós-graduação e após, tenho em mente começar o mestrado.
Marco Espindola

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